quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

#71 KLEYPAS, Lisa, Devil in Winter


Opinião

E dei-me conta de que não fiz uma review ao Devil in Winter, o meu favorito das Wallflowers! (Em Portugal corresponde ao #3 da série À Flor da Pele da 5 Sentidos). Tendo enviado um e-mail à editora, responderam-me que não preveem, de momento, mais nenhuma publicação nesta série. Fiquei destroçada e amaldiçoei esses bandidos sem coração! Mas também me recordei que já li o livro pelo menos duas vezes numa tradução brasileira manhosa que circula na internet, em inglês idem e até o comprei no book depository e esperei por ele duas semanas vindo do UK. É uma das pérolas da minha biblioteca, uma edição com muita classe que não denuncia o seu conteúdo...

Bom, certamente que quem já leu os dois volumes anteriores da série, sobretudo o que diz respeito à Lillian Bowman, se recorda do abominável Sebastian St. Vincent que atenta contra a pode donzela a fim de a obrigar a casar-se consigo e a embolsar uma boa quantia? E lembram-se certamente também da ruiva tímida e gaga... a Evie? Pois bem, o terceiro volume das Wallflowers começa com a pobre Evie a munir-se de uma coragem que não sabíamos que dispunha e aborda o escroque. Pede-lhe... *aclaro a voz* que se case com ela. É um negócio simples: o pai dela está a morrer e vai deixar-lhe uma casa de jogo rentável. Em simultâneo ela é maltratada pelos familiares que olham por ela e quer livrar-se da sua influência.
É aqui que a história começa a ser interessante. O St. Vincent é um sacana sedutor habituado a enrolar-se com tudo o que mexe, mas está com graves problemas financeiros e não quer abdicar do luxo a que está habituado. Por isso não hesita em casar-se com a Evie...
Começa a sentir-se útil e a ser bem sucedido na gerência da casa de jogo do pai dela e, qual é o seu espanto, sente-se responsável e protector para com ela. Mas, e apesar de se sentir atraída pelo marido, ela não tem interesse algum em sofrer uma desilusão, ver-se traída ou confirmar que a sua amiga Lillian tem razão quanto ao mau carácter do St. Vincent. Para isso exige distância ... e isso é um chamariz para o St. Vincent, pouco habituado a ser rejeitado...
Adoro o livro porque as minhas personagens favoritas são sempre aquelas que se reinventam. Li muitas vezes que o St. Vincent "mudou rápido demais", visto ser desprezível no livro anterior. Mas as pessoas não mudam rápido quando finalmente descobrem o seu lugar? Não parece que "nasceram" para aquilo? É assim o St. Vincent a gerir uma casa de jogo. Idem quanto à Evie. Nasceram um para o outro, sobretudo porque ela lhe dá uns quantos "nãos" nas barbas...

sábado, 19 de janeiro de 2013

#71 HARRIS, Joanne, O Aroma das Especiarias


Sinopse: Vianne Rocher recebe uma estranha carta. A mão do destino parece estar a empurrá-la de volta a Lansquenet-sur-Tannes, a aldeia de Chocolate, onde decidira nunca mais voltar. Passaram já 8 anos mas as memórias da sua mágica chocolataria La Céleste Praline são ainda intensas. 

A viver tranquilamente em Paris com o seu grande amor, Roux, e as duas filhas, Vianne quebra a promessa que fizera a si própria e decide visitar a aldeia no Sul de França. À primeira vista, tudo parece igual. As ruas de calçada, as pequenas lojas e casinhas pitorescas… Mas Vianne pressente que algo se agita por detrás daquela aparente serenidade. O ar está impregnado dos aromas exóticos das especiarias e do chá de menta.
Mulheres vestidas de negro passam fugazes nas vielas. Os ventos do Ramadão trouxeram consigo uma comunidade muçulmana e, com ela, a tão temida mudança. Mas é com a chegada de uma misteriosa mulher, velada e acompanhada pela filha, que as tensões no seio da pequena comunidade aumentam. E Vianne percebe que a sua estadia não vai ser tão curta quanto pensava. A sua magia é mais necessária do que nunca! 

Opinião: O Aroma das Especiarias é o terceiro volume da trilogia inaugurada com o sublime Chocolate. Esclareçam-me se haverão mais… se for uma trilogia finda-se aqui, mas aquele final talvez sugira mais.
Ao longo das suas quase quinhentas páginas acompanhamos o regresso da Vianne Rocher à aldeia onde Chocolate teve lugar. Lansquenet-sur-Tannes é agora um local diferente e, oito anos volvidos após La Céleste Praline, também os seus habitantes estão diferentes. Um feliz reencontro com Joséphine, Luc e Caro Clairmont, Guillaume e os ciganos do rio, intensificado pelo twist na personagem do Père Reynaud, em torno de quem parece girar agora o romance e que se tornou, rapidamente, na minha personagem favorita deste volume. Cada um transporta agora novos segredos que muito gosto me deram a desvendar. Para quem não sabe (como eu, que não estava à espera), há uma comunidade de Muçulmanos de niqab a viver na tacanha aldeia a que a Joanne Harris já nos habituou.
Imaginem só o modo como as coscuvilhices da pequena aldeia revolvem em torno desta nova comunidade e dos seus muitos segredos, a fervilhar sob véus, lantejoulas e a rigidez do Ramadão. São personagens fascinantes, uns e outros. Conheci uma Anouk crescida, uma Rosette quase mística, uma Vianne por uma vez insegura, hesitante em usar os seus poderes. Um Reynaud que aprendeu a lição em Chocolate
A somar a tudo isto existe o fascínio de conhecer uma nova cultura apresentada por esta autora que me é tão querida e que tem o dom de, nos seus enredos, aproximar pessoas das mais diversas origens. Receei que o livro fosse previsível mas deu-se bem o oposto. Todo ele tem aroma a pêssegos (Peaches for Monsieur le Curé), açafrão, chili, chocolate. Outra aventura dos sentidos e mais personagens para desvendar. Mais cartas de tarot e destinos a serem decifrados em sonhos e no fumo da mistura do chocolate.
A Joanne habituou-me a um universo só seu onde a contemporaneidade sempre pareceu ficar voluntariamente excluída. Lê-la a referir-se ao Facebook, telemóveis e rede arrastou-me para a reflexão que é promovida no livro, para a mudança dos tempos, a tolerância que é aconselhada e os perigos envolvidos. Foi algo novo de encontrar nesta minha escritora quase favorita e é bom saber que algumas receitas nunca azedam.
Na realidade atribuo-lhe 4,5 estrelas, porque de algum modo não é um livro perfeito. Penso que o Chocolate tem uma atmosfera mais própria, mais homogénea. Neste livro senti a Vianne distante, como se em vez de ter amadurecido estivesse menos atenta ao que sucede em redor. Uma vez mais há um culminar – um clímax – num livro dela e confesso que não o antevi, pelo que foi uma surpresa que me obrigou a sorver quase 200 páginas de um sopro em pouco mais de uma hora. Ainda assim, o clímax de Chocolate não mete ninguém em perigo mas é inesquecível! Gostei muito do livro, mas por vezes considerei o discurso da autora forçado – a revolver desnecessariamente em torno dos receios da Vianne - sobretudo no início, em que a decisão de regressar a Lansquenet foi muito precipitada. A Anouk poderia ter sido melhor desenvolvida, visto que começa a fascinar tanto quanto a própria mãe e o Roux é quase uma personagem secundária, estranhamente encaixado nos eventos finais. É o Père Reynaud e Lansquenet, que é sem dúvida uma das personagens, que marcam os 4,5 pontos que atribuo à obra.
Classificação: 4****/*

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sem tempo para ler... treta


De vez em quando acontece-me andar a engonhar a ler um livro e, rapidamente, me convenço do seguinte:

- ando cansada
- sem tempo
- será que comecei a perder a "pujança" na leitura?
- andarei a precisar de uma pausa nestas andanças?

E com engonhar significa que estou a gostar muito do livro do Ferreira de Castro - A Selva - mas ando a lê-lo há 20 dias. Vinte. Tratando-se de um livro de 230 e tal páginas, algo está errado. Não tenho tido tempo, ando cansada...

O que é certo é que há dois dias peguei no Peaches for Monsieur le Curé (O Aroma das Especiarias) da Joanne Harris e cheguei hoje à pág. 247. É um livro grande que pensei que me viria empatar as leituras, mas é um daqueles. Daqueles que trazem aromas, paladares, água na boca, curiosidade, vontade de regressar constantemente às suas páginas... Sabem como é, certamente. Não significa que o Ferreira de Castro não seja um talento nato - porque o é, pude comprovar - mas neste momento não consigo absorvê-lo a um ritmo mais rápido.

Por isso, daqui por diante, tenho de recordar-me de que a minha absoluta necessidade de leitura não morre assim. O problema nunca será meu, mas do livro. Quem quer ler realmente arranja sempre tempo, faz como eu: lia nas aulas de código, leio nas reuniões de pais, leio na rua, nos transportes, durante o almoço, enquanto o jogo carrega, enquanto as unhas secam, enquanto espero a um balcão pela bica matinal.

Ouvi uma vez alguém dizer que quem gosta mesmo de ler não tem tempo, arranja tempo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

#70 LIMA, Beatriz, Anjo de Cristal


PARTE II (PARTE I)

Terminei a leitura.

Introdução:
A Beatriz era muito nova quando escreveu este livro. Ainda assim, comprometer-se com 177 páginas de uma mesma história é mais do que muitos adultos conseguem fazer, reconheço-lhe isso. Também consigo antever que, de futuro, fará muito melhor do que isto. Tem potencial, isso é incontornável. Mas esse potencial perceptível não pode toldar a minha percepção quanto a esta obra em particular. Bem como esta obra não pode toldar as capacidades que, bem desenvolvidas, darão origem a bons enredos.

O espírito da autora transparece neste romance. Eu própria ainda luto muito para esconder o meu nas minhas obras, e se vem mais escondido é precisamente porque aprendi a contrariar-me. Às vezes também escrevo cenas impulsivas ou violentas que, depois, me dou conta de que ficariam melhor num livro de Banda Desenhada com super-heróis. Tudo isso seria limado com o tempo.
Influenciada pelos romances que lia, os filmes que via, as novelas que davam, escrevi coisas semelhantes. Escrevi histórias sobre gémeas, perdas de memória, mudança de nomes e de identidade, doenças terminais, meninas mimadas, o valor da amizade, mulheres a “espancar” homens de fúria. Tudo isso foi limado ao longo dos últimos 12 anos, combatido, aperfeiçoado. 

Este livro, contudo, espelha bem esses meus primeiros manuscritos e é por isso que não consegui deixar de sentir uma certa ternura pela autora, que me lembra de mim própria há dez anos. Os próprios nomes das personagens, como mencionei na publicação anterior, transparecem essa mesma imaturidade, pureza e denunciam o quão sonhadora é: Luz, Lua, Lírio. Fala-se em estrelas cadentes e a vertente inconsciente – sonho – está muito presente. Demasiado presente. A personagem tem constantemente sonhos que a afastam da realidade e a ajudam a tomar decisões.

Balanço de ingredientes/géneros/tendências/debates: misticismo, romantismo, acção, guerra, amor, amizade, drama. Tudo vivido com a mesma intensidade, lição explicada, vivenciada e aprendida em meia dúzia de páginas.

Personagem principal: Anne Marie ou “Ange de Crystal”. Não consigo gostar dela, não é coesa. Tem uma certa presença, porque consegui abstrair-me da escritora, de facto via esta Anne Marie, mas detestava-a ao ponto de querer esbofeteá-la. Deve ser bipolar e esquizofrénica. Contradiz-se. Ora é uma mártir ora diz que “sabe que não tem coração”. Ora é frágil, desmaia do nada e entra em coma, ora imobiliza dois soldados e diz-lhes que o melhor é “não se meterem com ela”. Não funcionam. Os ingredientes que a compõem não funcionam.

Ritmo do livro: Ora oscila entre descrições intermináveis de tarefas banais, ora pula tempo precioso para se compreender o fio (de incoesão) da meada e os acontecimentos já se estão a precipitar.

Contexto temporal: desfazado.
Contexto espacial: desfazado. “Vou para a guerra”, “Quando estava quase a chegar à guerra”. Deu ideia de que a guerra é uma região da França.

Final: abrupto, a escritora parece exausta de escrever, precipita as acções finais (num clímax cansativo em que recapitula tudo o que a personagem viveu no livro) e fecha a obra.

Contexto geral: a obra existe num recanto da imaginação da autora que não tem, na minha opinião, como funcionar – a menos que esta inventasse um país e uma guerra e lhe atribuísse as características que bem entendesse.

Enredo: cliché e previsível.

Pode ser culpa minha, porque sou presa à realidade e ao exequível (embora reconheça falhas nas minhas obras também a esse nível, mas é sobre elas que pretendo crescer), registei muitas coisas impossíveis que basicamente mandam a lógica à fava. Alguns exemplos (não muito mesquinhos, espero):

- Uma rapariga de vinte anos desmaia ao ver o seu grande amor e “entra em coma”;
- Uma criança de oito anos perde a mãe e adopta no mesmo instante outra mulher como mãe, chamando-a desse modo e chamando “pai” a um homem que nunca viu e que está na guerra;
- Não existe espaço, o tempo é ambíguo;
- Uma mulher que acaba de perder o marido na guerra e de fazer um escândalo sobre essa notificação está a beijar um homem (segundo a temporalidade do livro) nessa mesma tarde e a dizer-se de novo apaixonada;
- A autora não se aventurou muito em pormenores históricos, mas quando o faz não é assertiva;
- Uma mulher dá uma coça a dois homens (soldados) só porque está irritada;
- Os nomes (sei que insisto nisto mas era o mínimo dos mínimos para a autora nos ambientar na França, já que poderia dizer que tudo se passa na Inglaterra e seria igual, visto que nunca “vemos” nem “cheiramos” a França) não têm um contexto coeso – Luz, Lua, Lírio, Liz, Liana, Anne Marie, Ange Crystal, Peter, Daniel, Roger, Diana, Margarida, Sky, Esther, Haillie, Heather, Ashley;
- Pelo menos duas pessoas dizem que “mudaram de nome”, uma para fugir à família que não aceita o seu casamento, outra para ir para a guerra… não se entende porquê;
- Os temas não se conjugam bem nem são representativos da época, ou pelo menos o modo como são abordados: violência doméstica, tráfico de droga, penas de prisão perpétua, adopção, jornalistas asiáticas na França e de “madeixas loiras”, revistas cor-de-rosa, lojas de pronto-a-vestir (1939) onde se compram dez casacos de uma vez em clima de austeridade e guerra.

Enfim, não me levem a mal. Não digam que estou a deitar abaixo uma autora quando deveria incentivá-la. Mas, honestamente, a mim deu-me jeito saber que havia por aí pessoas que poderiam pegar no meu trabalho e decepá-lo. Tive dez vezes mais cuidado n’O Funeral da Nossa Mãe, e terei vinte vezes mais cuidado quando escrever/publicar o próximo.
Perdoem-me mas não basta ter-se treze anos e escrever-se para se receber palmadinhas nas costas. Há que escrever bem para se ser merecedor disso, o mérito não pode vir às prestações e não digo que a Beatriz não vá longe, mas terá sempre sido uma decisão pouco acertada ter-se estreado com este livro. O primeiro romance do Eça certamente que não foi nada desta espécie e o Flaubert dedicou-se anos à simplicidade do seu “Madame Bovary”, que nem mexe assim tanto com pesquisa exterior mas sim com o carácter das pessoas, e não quis publicar mais nada para não comprometer a qualidade inegável deste romance. Era um perfeccionista. Há que não se ser demasiado apressado quando queremos que as coisas corram bem.
Os meus parabéns à autora pelas 177 páginas de uma história linear, é evidente que tem a vida toda pela frente para se aprimorar. Mas não posso dar-lhe os parabéns pelo conteúdo da obra.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Anjo de Cristal...

*contém spoilers*

Lendo o Anjo de Cristal da Beatriz Lima (14 anos à época da sua publicação e mais jovem ainda quando o escreveu), descobri que o meu palpite acertou em certos pontos e estiraçou-se no chão noutros. Ora bem… vejamos:

Para quem não sabe a Beatriz é jovem (nasceu em 1997!) e publicou este romance pela Alphabetum edições em 2012. Acedendo ao website da editora descobri inúmeros links onde podemos acompanhar o percurso da Beatriz desde a publicação do livro, bem como a reacção da imprensa. Houve, inclusive, um convite de Moçambique para uma iniciativa cultural. Após assistir também a uma entrevista num programa com o José Figueira e outro com a Conceição Lino, considerei que tanto alarido deveria ter algum fundamento de verdade e abri o livro, lendo as primeiras cinquenta páginas em meia hora (e sem pular linhas!).

Até à página cinquenta já foi uma história de amor, uma história de amizade, uma história de guerra, uma história de caridade, uma história de violência doméstica e uma história de acção, tudo separadamente e com a mesma intensidade a cada instante. 


- O livro evidencia um défice que qualquer amante de História considerará grave no que diz respeito ao contexto político-histórico-temporal. Poderia ser passado noutro qualquer país e noutra qualquer época;

- Concordo que é difícil, sobretudo quando se é tão jovem, fazer-se uma boa pesquisa e background num romance mas, sem querer ser má - e talvez já o sendo - mas há que ser exigentes connosco próprios e, sobretudo, não tentarmos ir além dos nossos recursos. Um ponto onde teria sido fácil a autora pelo menos aproximar-nos um bocadinho de França teria sido adoptando nomes franceses. O que não é o caso.


- Todo o livro evidencia aquilo que eu própria sentia aos doze, treze anos, quando escrevia. Uma certa leveza de espírito, um certo sentido de que há coisas a fazer em que ninguém repara, a ânsia por liberdade, até o sentido maternal, o amor romântico, me parecem familiares. A autora é uma sonhadora, consigo dizê-lo e acho bonito e puro que assim seja. O livro transpira essa mesma ingenuidade e é por isso que se fala em príncipes, fadas, estrelas cadentes e as pessoas se chamam Lua, Sky ou Lírio. 


- A acção precipita-se, tudo acontece em cinco minutos e com a maior naturalidade e, mais, assegura-se genuíno. Amores, ódios, crimes. 


- Ora o narrador surge como presente, ora parece mero espectador no modo como refere as outras personagens;


- A Anne Marie é uma “mártir” com quem seria fácil simpatizar – a deixar uma criança de c. seis anos (segundo dá a entender) com um arranhão na perna dormir na sua casa duas horas depois de a conhecer, sem sequer lhe indagar o que seja a respeito dos seus pais;


- Considero as personagens estereotipadas, desadequadas do seu tempo, espaço e pressuposta cultura, com reacções exageradas e deslocadas, rotinas fúteis e eventos precipitados, pouco ponderados;

- Vírgulas separam o sujeito do verbo;

- Enredo irrealista e a puxar ao dramático sem que os acontecimentos isso justifiquem;

Review final por surgir.
Alterei a review porque o objectivo não era ferir as susceptibilidades de ninguém, nem ser "uma cabra". No entanto não posso deixar de partilhar a minha opinião.


Aspirações de leitura para 2013

E atenção que há um motivo para não usar a palavra "plano", isto porque sou Doutorada em fintar planos de leitura.

Ora bem, em linhas gerais é isto que espero de 2013

1 - LER MAIS AUTORES PORTUGUESES
Como sejam:
- Ferreira de Castro (A Selva, A Lã e a Neve)
- Vitorino Nemésio (Mau Tempo no Canal)
- José Cardoso Pires (De Profundis, Valsa Lenta)
- Rosa Lobato Faria (As Esquinas do Tempo)
- José Saramago (detalhado no ponto 5.)

2 - CONTINUAR COM A LEITURA DE TRILOGIAS
Como sejam:
- Trilogia Langani, Barbara & Stephanie Keating (Luz Efémera, volume III)
- Trilogia do Anel, Tolkien (As Duas Torres [II], O Regresso do Rei [III])
- Trilogia Alexander e Tatiana (II Volume)

3 - INVESTIR NOS CLÁSSICOS, QUE NUNCA ME FALHAM
Como sejam:
- Terminar o mega-volume do Alexandre Dumas (O Conde de Monte Cristo)
- Introduzir-me à obra do Leo Tolstoi (A Valsa de Kreutzer, Anna Karénina)
- Ler o Notre Dame de Paris (Victor Hugo)
- Ler A Túlipa Negra (Alexandre Dumas)
- Ler O Jogador (Dostoievsky)

4 - DAR UMA CHANCE AO GABRIEL GARCÍA MARQUEZ
Não digo voltar a pegar no Cem Anos de Solidão, mas:
- Ler o Amor em Tempos de Cólera
- Ler o Memórias das Minhas Putas Tristes


5 - INVESTIR TEMPO E € (ADQUIRIR E LER) MAIS JOSÉ SARAMAGO
A par de Caim, Ensaio Sobre a Cegueira, Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e As Intermitências da Morte, que já adquiri, comprar:
- Levantado do Chão
- Jangada de Pedra

E ler, pelo menos:
- As Intermitências da Morte
- Caim
- O Evangelho Segundo Jesus Cristo