Sobre "A Filha do Barão"

1ª Edição - Marcador @ Janeiro 2014

Os Livros RTP

«O primeiro livro RTP será A FILHA DO BARÃO, um romance histórico da autora revelação Célia Correia Loureiro.» in RTP



Entrevista ao jornal "Sol"
Pesquisa


Cartas de Soult aos seus superiores, com notícias da situação em Portugal:
"O país está deserto. Todos os portugueses que podem manejar uma arma [...] estão reunidos em vários pontos, dispostos a cair sobre destacamentos pouco resistes. O inimigo ataca-nos em toda a parte e não o encontramos em nenhuma". E, mais tarde, nas suas memórias: "Tive de me defrontar com uma nação inteira. Todos os habitantes, homens, mulheres, crianças, velhos e padres, estavam em armas, as aldeias abandonadas, os desfiladeiros emboscados. Fanáticos precipitavam-se contra as colunas francesas, encontrando a morte".

Diário de Clarissa Trant (1811)
Tradução livre:
"Passámos através de Condeixa até Coimbra, onde tinham feito grandes preparativos para nos receberem, contra a vontade do meu pai. A ponte estava tão atravancada de pessoas que a carruagem mal conseguia passar, e fomos recebidos com gritos de "Viva o Trante: Viva o nosso bom General e a sua família", conforme ele passava a cavalo. As varandas das casas estavam cheias de senhoras que atiravam rosas e flores cor-de-laranja sobre nós ao passarmos. Fogueiras, foguetes, sinos a repicar até mais não. A gratidão portuguesa é muito apta a evaporar-se em fogos-de-artifício e iluminações, mas se pudermos confiar nas aparências, as boas-vindas que recebemos dos pobres de Coimbra foi genuína e foi de coração. Cada semblante estava iluminado e satisfeito, e cada olho estava fixo no meu pai enquanto ele passava a cavalo." 
Nota: Nicholas Trant, pai da autora do diário, libertou Coimbra das tropas napoleónicas

Ainda Clarissa Trant sobre os Condes de Peniche:

Tradução livre:
"O meu primeiro jantar português foi muito diferente daqueles a que estava habituada - todos os pratos estavam envolvidos em óleo rançoso, e mesmo para os nossos apetites infantis nada pareceu tentador, a não ser a abundante e luxuriosa sobremesa. Mesmo agora, lembro-me do meu assombro ao ouvir as meninas D. Teresa e D. Maria, de dezasseis e dezassete anos de idade, a falar com familiaridade com o lacaio que se posicionava atrás das suas cadeiras - e, depois de jantar, inclinavam-se nas varandas, que davam para a rua suja, rodeadas de criadas com quem se lançavam em estratégias para atrair a atenção de quem ia passando." 

"Oporto with the bridge of boats" (clicar para expandir a imagem)

1809 II - Carta de Noel Antoine às autoridades a informar da instabilidade da Ponte das Barcas

Entrevistas sobre "A Filha do Barão"


Mil Estrelas no Colo
«O que te atrai neste género?
O mergulho na História. A consciência das limitações, das condições e dos moldes de vida antigos, tão diferentes dos de hoje em dia, embora por vezes os dilemas existenciais sejam intemporais.»
Estante de Livros
«Um livro como “A Filha do Barão” deveria ter sido planeado à loucura. Porém, quando fui comparar o resultado final com o esquema inicial (que preparo para livros que se adivinham mais complicados) descobri que fugi muito à ideia que tive de princípio. As personagens acabam por ganhar vontade própria, não posso arrastá-las para o que quero. A sua personalidade e ambições pessoais (ou mesmo inseguranças, traumas) levam-nas para onde alguém, humano, iria. Esforço-me para não ser deus e para fugir à perfeição na escrita. Quanto mais falíveis, melhor moldadas estão as personagens.»
«O romance histórico intitulado 1809 [título temporário] trata-se do segundo volume da Trilogia do Vinho e encontra-se de tal modo “apaixonada que me será difícil encontrar outras personagens que me dêem tanto prazer a desenvolver, que se reinventem como estas e que ultrapassem situações críticas do modo como estas ultrapassam”. A pesquisa envolvida, a duração do projeto, a revisão profunda e os pormenores da História de Portugal são alguns dos pormenores que Célia enumera para explicar a paixão pelo novo projeto.»

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