sábado, 20 de junho de 2015

#134 MCNAUGHT, Judith, Algo Maravilhoso


Sinopse: Alexandra Lawrence tinha a seu favor o facto de ser bem-nascida e… nada mais. Com o seu aspeto e modos arrapazados - sabia disparar uma arma, pescar, e montar a cavalo tão bem como qualquer homem - não era propriamente a noiva perfeita.
Para piorar as coisas, vivia na penúria, o tio era um bêbado e a mãe uma senhora de temperamento irascível. Não, ninguém diria que seria ela a casar com o abastado, mulherengo e arrogante Jordan Townsende, duque de Hawthorne.
Mas a verdade é que, devido a um infeliz mal-entendido, assim foi.
Alexandra é agora duquesa, mas a sua vida é tudo menos calma. Quatro dias após o casamento, o marido desaparece sem deixar rasto. É sozinha que tem de enfrentar a sociedade londrina, que despreza o facto de um dos "seus" aristocratas ter casado com uma campónia ingénua. Quando Jordan finalmente reaparece, Alexandra já perdeu a inocência dos seus dezassete anos, mas aos poucos vai descobrir que, por detrás da fachada gélida do marido, está um homem ternurento, amável e sensual. Tragicamente, Jordan coleccionou demasiados inimigos e é agora um alvo a abater. Caberá a Alexandra salvar a vida do homem que ama. Uma missão impossível não fosse a sua teimosia em acreditar que o futuro lhes reserva… algo maravilhoso.

Opinião: Por muito que me dê conta do quanto a leitura exaustiva desta espécie de livros arruinou todos os homens (comuns, mortais) aos meus olhos, dei mais algum tempo de antena à Judith McNaught. A verdade é que o seu “Para Sempre” já me tinha comovido há uns meses, e ofereceu algumas lufadas de ar fresco face a esta enchente de livros do género que andam pelas bancas…
Agora o “Algo Maravilhoso” veio cumprir o mesmo propósito. Romântico, fórmula habitual, final previsível, e ainda assim houve algumas tiradas imprevistas…
As personagens principais, Jordan e Alexandra, são os típicos protagonistas destas histórias: ele é rico, um duque, marquês, e sei lá mais quantos títulos acumula. Ela é pobre, cresceu de modo invulgar (o avô ensinou-a a citar os grandes pensadores gregos), gosta de esgrima e de actividad
es ao ar livre. Ele é filho único, o que faz dele um alvo a abater na sociedade londrina. Ela também é filha única, à excepção de uma meia-irmã que nunca surge e que fica claro que a despreza.
O casamento é de arranjo, como todos do género. É na relação entre as duas principais e no contexto histórico e no esmero dos cenários que reside o meu apreço: por muito que estejam zangados, desiludidos, ou que oiçam mexericos um do outro, escolhem sempre acreditar que o outro é melhor do que isso. Acabam por se dar inúmeras oportunidades e não conseguem deixar de demonstrar carinho e interesse pelo outro.
Para mim o livro descambou mais perto do fim, quando o clímax da acção se dá em moldes demasiado dramáticos, com um deles a ser baleado e a ficar às portas da morte, para culminar numa recuperação miraculosa…
Enfim, já visto. Já lido.
Ainda assim, gostei.
Meninas: fujam destes livros. Nenhum homem será jamais suficientemente bom…
Dentro do género:
Classificação: 4,5****/*


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