quinta-feira, 26 de abril de 2012

#27 PEASE, Lesley - Nunca Me Esqueças

Sinopse: Num dia… Com um gesto apenas… A vida de Mary mudou para sempre. Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de humildes pescadores da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar um chapéu. O seu castigo: a forca. A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo. Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História. Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a rainha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.

Opinião: Antes de mais, é preciso informar de que demorei uns quatro ou cinco meses a percorrer a viagem destas páginas. Comecei com o coração nas mãos e a indignação de quem vê o "simples" roubo de um chapéu punido com uma deportação desumana para a Austrália. Depois soube que a Mary Bryant, ou Broad, existiu mesmo e isso deu novo realismo à história. Li a primeira metade do livro de um sopro, a vida a bordo do Dunkirk - o tifo, a imundície, as febres, as intempéries, etc., os actos grotescos de uma das nações que se diz entre as mais civilizadas desde sempre. A partir da última metade, o livro torna-se entediante, aborrecido com pormenores de uma rotina miserável, pobre de alma e de condições humanas. Tanta desgraça junta... Mas enfim, o pior é que a sombra das catástrofes paira sobre todo o livro e esperamos, esperamos e esperamos por vê-la tomar os protagonistas. As últimas cem páginas deviam ter sido resumidas para 25. Achei que o ritmo geral do livro era lento. Ontem consegui tomá-lo pelos cornos e terminá-lo de vez, mas não tenho especial gosto por livros que me sabem a obrigação. Além disso detestei o facto de a Mary ser adorada por todos e de distribuir beijos nos lábios de todos como uma irmãzinha grata a dar esmolas aos tolos enamorados. Dou três porque o livro tem um evidente e trabalhoso cuidado de pesquisa por trás. Teve rasgos interessantes por entre outros que me causaram enfado. Em geral estou feliz que tenha acabado, foi uma leitura custosa e não estou a ver-me a passar por ela de novo.

Classificação: 3***

Sem comentários:

Enviar um comentário