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Opinião: Mais um livro da rainha do romance... Não li muitos dela, confesso, mas os que li foram todos iguais.
O primeiro que li foi o "Herança de Vergonha", por sinal o último desta trilogia. Depois li o do meio, da Brianna (Herança de Gelo), e por fim, anos depois, aborrecida de morte e incapaz de pegar num livro a sério, decidi obrigar-me a adquirir este volume em formato bolso e a lê-lo, apenas para terminar a trilogia. Também li uma trilogia sobre flores, "A Dália Azul", etc..., mas já estava muito aborrecida daquilo. Meto-a no saco dos autores com uma fórmula, e que a aplicam até à exaustão. Tudo bem, o leitor assim já sabe ao que vai... Mas não desenvolve. As falas são sempre parecidas, idem com as descrições, idem com os cenários, idem com a pessoa a cozinhar, os chás, as personalidades... Tem graça, é divertido, entretém, mas não são livros para se lerem de enfiada, agora este e a seguir outro dela, porque vai sempre dar ao mesmo. Também o final é sempre 100% garantido.
Este é a história da Maggie Concannon, curiosamente a irmã que eu achava menos interessante das três, porque surgiu sempre como a personagem secundária rabugenta das outras histórias. Porém, aqui, a Maggie revela a personalidade mais interessante de todas. Livre, decidida, uma artista compulsiva e uma mulher segura de si. Também tem o lado vulnerável, não se engana a si própria e é brutalmente honesta. Tudo isto é agradável de se ler, ri-me algumas vezes com algumas coisas que eles diziam. O Rogan foi, obviamente, feito como uma luva para ela… Também ele tem uma personalidade interessante. Mas a linha dos livros, sempre igual, sempre com eles a correrem atrás delas até à exaustão, sempre pacientes e amorosos, exaspera-me. E que dizer das metáforas? Já não aguentava tanta metáfora. “Fazia isto como x faz y”. “Estás para aí como um x a fazer y”, etc…
Enfim: light literature. É fácil para ela, fácil para o leitor. Não admira que esteja rica e venda tanto. Ela, o Nicholas Sparks, a Sveva Casatti Modignani, etc., etc…
É descobrir a galinha dos ovos de ouro e depená-la até ao degredo.
É pouco provável que volte a lê-la em breve, embora, de momento, me tenha sabido bem ler algo com esta leveza e, sobretudo, ambientado na Irlanda, que tanto amo.
Classificação: 3,5***/**