Sinopse: Cecelia
Ahern volta a surpreender-nos com o seu segundo livro - "Para Sempre,
Talvez". Com grande perspicácia e originalidade, Ahern conta-nos a
história envolvente de um amor contrariado por um destino que teima em brincar
com os seus dois protagonistas. Alex e Rosie atravessaram a infância e a
adolescência juntos, mas quando chega o momento de começarem a descobrir as
alegrias das noites na cidade e das primeiras aventuras amorosas, o destino
resolve pregar-lhes uma partida ao colocar entre os dois a vastidão do oceano
Atlântico, quebrando, assim, a evolução natural e espontânea de uma relação de
amizade para algo mais profundo. Mas poderão o tempo, a distância e o próprio
destino ser mais fortes que um grande amor?
Opinião: Ontem terminei, tarde e a más horas, o
primeiro livro que li da escritora irlandesa Cecelia Ahern. Descobri-o por
causa do trailer do filme “Love, Rosie”, onde figuram a Lily Collins e o meu
adorado Sam Claflin. Tentei ler o livro em inglês, ainda comecei, achei o tom
animado e simples, mas acabei por decidir comprá-lo em Português.
Todo o livro são bilhetes, cartas, mensagens
instantâneas, salas de chat. Assim sendo, apenas temos acesso às personagens e
ao seu ponto de vista, sem temos noção do que realmente aconteceu. No trailer
do filme, anunciam que a história é sobre “life getting in the way”, ou seja, a
vida e os seus muitos twists e
desencontros. Lá isso é verdade. Quando as coisas parecem estar prestes a
endireitar-se, acontece algo. As pessoas morrem, engravidam, abandonam-se e
regressam nos piores momentos possíveis.
A relação entre a Katie e o Alex é bonita, sobretudo
porque temos acesso aos pensamentos que cada um guarda para si, recusando-se a
partilhá-los com o outro. Mas toda a história é inverosímil, não existe um fio
histórico condutor. Passam-se quarenta e cinco anos e há sempre internet, há
sempre a conjuntura económica actual. Eu entendo a ideia da escritora, e um
livro não tem necessariamente de se enquadrar nos padrões da realidade mas…
Enfim. Toda a história retrata, também, um grande desperdício que é o tempo,
por parte tanto da Rosie quanto do Alex. É frustrante vê-los desencontrados ao
longo de tantos anos.
O livro é assertivo, divertido, exasperante em
partes. Não é mau mas, na minha opinião, não funciona muito bem. Espero que o
filme saia melhor.
Classificação: 3***
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