segunda-feira, 11 de março de 2019

#211 QUINN, Julia, O Casamento Inventado

Opinião: Há sempre algo de irresistível que me leva a comprar os livros da Julia Quinn. Acho que vem de 2012, quando comecei a ler a série Bridgerton com o primeiro volume Crónica de Paixões e Caprichos. Li a série de enfiada, conforme os livros iam saindo. Deixei-me envolver pela família barulhenta e divertida, e pela ternura dos afetos entre eles. Volvidos 7 anos, talvez não sejam os livros da Julia Quinn que mudaram, mas eu.

Estamos no final do século XVIII e a revolução Americana ainda não está decidida. Os britânicos batiam-se por manter o precioso território ultramarino. A saga da familia Rokesby começou com A Indomável Miss Bridgerton, sendo que Billie Bridgerton estaria de casamento apalavrado com o vizinho, Edward, mas acaba por se apaixonar é pelo irmão dele, George. Edward estava longe, a combater pelo Império Britânico no Novo Mundo, e estava, inclusive, desaparecido em combate.
Neste segundo volume da série, Edward Rokesby acorda num hospital de campanha em Nova Iorque após uma aparente missão falhada no Connecticut, e sofre de amnésia quanto aos últimos meses da sua vida. A irmã do seu melhor amigo e companheiro de combate, Cecilia Hartcourt, desembarca na outrora Nova Amesterdão para procurar o irmão, e acaba à cabeceira de Edward enquanto ele recupera. Uma vez que a época não permitia uma convivência tão próxima entre uma mulher e um homem fora do seu círculo familiar, Cecilia mente e diz ser casada com Rokesby.
Pronto. É uma premissa já muito vista. Deve haver pelo menos uns cinco romances destas autoras referência em torno disto. Matou o livro para mim, porque o pontapé de saída é esse cliché gigantesco. Acho que não há um motivo no mundo para uma pessoa mentir a outra, muito menos para a "manter por perto".
De qualquer modo, as referências históricas aos conflitos, a Nova Amesterdão, aos holandeses e às suas spekulaas, aos jornais que precisavam de ser passados a ferro para a tinta se fixar, etc., foram-me interessantes, mas não aqueceram um livro que senti como ameno.
É fofinho, mas não passa disso.
Comfort literature.

Sinopse: Enquanto dormias...
Órfã e com o irmão ferido nos campos de batalha da América, Cecilia Harcourt vê-se perante duas opções aterradoras: ir viver com uma tia solteirona ou casar com um primo maquiavélico. A jovem escolhe a opção... três: atravessar o Atlântico e ajudar o irmão a recuperar. Mas após uma semana de buscas, Cecilia não encontra o irmão e sim o melhor amigo dele, Edward Rokesby. O galante soldado está inconsciente e a precisar desesperadamente de cuidados. Para lhe salvar a vida, Cecilia recorre a uma pequena mentira...
Eu disse a todos que era tua mulher.
Ao recuperar a consciência, Edward constata que não recorda nada dos últimos três meses. Mas... decerto que se recordaria de ter casado... ou não? Mas se todos dizem que assim é… 
Se ao menos fosse verdade...
A mentira que Cecilia contou pode pôr em risco todo o seu futuro, mas ela fê-lo por amor... pois quanto mais tempo passa com o jovem, mais intensos (e verdadeiros!) são os sentimentos que nutre por ele. E quando a verdade vier ao de cima, quem sabe o que irá acontecer? O próprio Edward poderá ter também algumas surpresas por revelar...

Classificação: 2**/***

Sem comentários:

Enviar um comentário