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Na primeira fase, aliou-se uma força combatente a uma sabedoria administrativa e um tato de governo que granjearam o respeito de toda a Europa. Na segunda, a dos Descobrimentos, a visão estratégica dos principais dirigentes do reino e o insuperável heroísmo dos navegadores trouxeram glória e poder à alma lusa. Finalmente, com a perda da independência e as respetivas consequências, Portugal entra na fase mais negra da sua História. Este é um livro essencial para entender o contexto e os acontecimentos que conferiram ao reino uma individualidade e uma existência nacionais de que justamente se orgulha e para vislumbrar como conseguiu um país tão pequeno erguer o primeiro império global da História.
Opinião: Henry Morse Stephens ilustra, em 308 páginas, como se formou o Reino de Portugal (desde a época em que éramos retalhos na Hispânia), até à falência da monarquia com D. Carlos. Atravessa a fundação do país, escolhendo com tacto os pormenores pertinentes para a construção de um ponto de vista: o de que Portugal, sustentado por um senso de nacionalidade/patriotismo precoce na Europa e no Mundo, é levado pelo povo através dos séculos sem nunca abdicar da sua independência. Mesmo quando interesses de nobres, clero, realeza, comerciantes e soldados se incompatibilizam com a soberania do país, o povo insurgiu-se para manter a sua nacionalidade ao abrigo de outros interesses. E também que Portugal foi, no século XVI, a nação mais rica e poderosa de Europa, e que o restante continente se ia movendo na sua retaguarda. Como o meu curso de Informação Turística me levou a conhecer, ao pormenor, a significância dos grandes monumentos do país (como os Mosteiros de Alcobaça e da Batalha), e ainda a sua História em todos os períodos áureos e de declínio, bem como o modo como tocámos em quase todos os continentes e nações no planeta, considero-me patriota. Ler um livro que expõe, de forma tão concisa e acessível a grandiosidade da odisseia dos Portugueses, nunca poderia resultar em desilusão!
Classificação: 5/5*****
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