Sinopse: Quatro jovens da sociedade elegante de Londres partilham um objetivo comum: usar os seus encantos femininos para arranjarem marido. E assim nasce um ousado esquema de sedução e conquista. Num refinado baile londrino, Lillian Bowman depressa descobre que a sua educação tipicamente americana não está propriamente na moda. E encontra no insuportável Marcus, Lord Westcliff, o seu crítico mais implacável. Pena que seja um excelente partido... Quando Lillian cai acidentalmente nos braços de Marcus, vê-se chocada e consumida por uma súbita paixão por um homem que julgava detestar. O tempo parece parar e o corpo da jovem cede ao erotismo do momento, descobrindo sensações que nem sonhava existirem... Marcus, conhecido pela sua constância, também se vê perdido num turbilhão sensual. Cada toque de Lillian é pura tortura, cada beijo o faz gemer por mais. Mas como pode ele pensar em aceitar uma mulher tão pouco adequada para sua noiva?
Opinião: Como descrever o facto de, à
segunda (ou terá sido terceira?) leitura deste livro, tendo-o lido anteriormente
em traduções miseráveis em inglês/pt-br, ter gostado ainda mais dele? Fiquei
convencida de que a Kleypas tem realmente um dom. O primeiro deixou-me sem
fôlego, às vezes revisito-o. Meu adorado Simon Hunt… Quanto ao Westcliff, por
quem eu tinha uma animosidade épica, safou-se bem neste ao dar conta do recado
que é a Lillian. Ele é Conde e deve casar bem, especialmente quando as duas
irmãs misturaram o seu sangue azul com americanos, o que na época era uma
afronta para a aristocracia inglesa. A Lillian é americana e completamente avessa
às regras de etiqueta inglesas. Identifico-me bastante com esta personagem –
impulsiva, questiona tudo em redor e tem uma aversão natural a tudo o que é
autoridade, obrigações, convenções. É por isso que os ímpetos da juventude a
fazem chocar directamente na personalidade carismática e séria do seu
anfitrião. No romance anterior o Westcliff é descrito como poderoso,
responsável e generoso. É uma figura quase paternal, apesar de carrancudo.
Neste livro perde as estribeiras com a Lillian e dá por si a pôr a razão de
lado a favor daquilo que ela lhe desperta. Gostei do entendimento entre os
dois, fizeram-me rir e exasperar. O momento mais emotivo para mim foi quando
ele tenta proibir a Lillian de saltar obstáculos a cavalo, porque ela não está
habituada a saltar à amazona (na América ela passava uma perna para cada lado
do cavalo), e receia que torça o pescoço. A ordem expressa que ele lhe dá,
proibindo-a de o fazer quando, na realidade, ela é perita em corridas de
obstáculos com cavalos, mexe directamente com o feitio dela, que contraria
instantaneamente uma ordem. Confrontado com a desobediência dela, os dois
protagonizam uma discussão em frente a todos os convidados dele. Compreendi
ambos mas posicionei-me subtilmente do lado da Lillian. Que direito tinha ele
de a proibir do tirar prazer de uma actividade só porque receava que ela
partisse a coluna? A vida sem risco não faz sentido.
Mas é a participação do meu (second favorite male character of all time, right after #1 Rhett Butler)
adorado St. Vincent que vem apimentar o enredo. A própria Lillian dificilmente
lhe resiste, por muito que o Westcliff seja o amor da vida dela. A Kleypas
envolveu o Sebastian St. Vincent em sensualidade dissimulada, maldade
intrínseca, perigo e tormentos. Agora imaginem a sua ousadia ao emparelhá-lo
com a pobre tímida – e gaga – Evie Jenner no terceiro volume desta série… Sem
dúvida o meu favorito, mal posso esperar por lê-lo em português!!!
PS - Mais uma vez detesto o nome dado à série - À Flor da Pele? Jesus - e ao livro. No original: Segredos de Uma Noite de Verão e Aconteceu Num Outono traduzidos para Desejo Subtil e Sedução Intensa. Honestly?! Até tenho vergonha de sair de casa com estes livros, só os leio em casa.
Classificação: 4****
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