Opinião
E dei-me conta
de que não fiz uma review ao Devil in
Winter, o meu favorito das Wallflowers! (Em Portugal corresponde ao #3 da
série À Flor da Pele da 5 Sentidos).
Tendo enviado um e-mail à editora, responderam-me que não preveem, de momento,
mais nenhuma publicação nesta série. Fiquei destroçada e amaldiçoei esses
bandidos sem coração! Mas também me recordei que já li o livro pelo menos duas
vezes numa tradução brasileira manhosa que circula na internet, em inglês idem e até o comprei no book depository e esperei por ele duas semanas vindo do UK. É uma
das pérolas da minha biblioteca, uma edição com muita classe que não denuncia o
seu conteúdo...
Bom, certamente
que quem já leu os dois volumes anteriores da série, sobretudo o que diz
respeito à Lillian Bowman, se recorda do abominável Sebastian St. Vincent que
atenta contra a pode donzela a fim de a obrigar a casar-se consigo e a embolsar
uma boa quantia? E lembram-se certamente também da ruiva tímida e gaga... a
Evie? Pois bem, o terceiro volume das Wallflowers
começa com a pobre Evie a munir-se de uma coragem que não sabíamos que dispunha
e aborda o escroque. Pede-lhe... *aclaro a voz* que se case com ela. É um
negócio simples: o pai dela está a morrer e vai deixar-lhe uma casa de jogo
rentável. Em simultâneo ela é maltratada pelos familiares que olham por ela e
quer livrar-se da sua influência.
É aqui que a
história começa a ser interessante. O St. Vincent é um sacana sedutor habituado
a enrolar-se com tudo o que mexe, mas está com graves problemas financeiros e
não quer abdicar do luxo a que está habituado. Por isso não hesita em casar-se
com a Evie...
Começa a
sentir-se útil e a ser bem sucedido na gerência da casa de jogo do pai dela e,
qual é o seu espanto, sente-se responsável e protector para com ela. Mas, e
apesar de se sentir atraída pelo marido, ela não tem interesse algum em sofrer
uma desilusão, ver-se traída ou confirmar que a sua amiga Lillian tem razão
quanto ao mau carácter do St. Vincent. Para isso exige distância ... e isso é
um chamariz para o St. Vincent, pouco habituado a ser rejeitado...
Adoro o livro
porque as minhas personagens favoritas são sempre aquelas que se reinventam. Li
muitas vezes que o St. Vincent "mudou rápido demais", visto ser
desprezível no livro anterior. Mas as pessoas não mudam rápido quando
finalmente descobrem o seu lugar? Não parece que "nasceram" para
aquilo? É assim o St. Vincent a gerir uma casa de jogo. Idem quanto à Evie.
Nasceram um para o outro, sobretudo porque ela lhe dá uns quantos
"nãos" nas barbas...
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