Sinopse: Alexandra Lawrence tinha a seu favor o facto de ser
bem-nascida e… nada mais. Com o seu aspeto e modos arrapazados - sabia disparar
uma arma, pescar, e montar a cavalo tão bem como qualquer homem - não era
propriamente a noiva perfeita.
Para piorar as coisas, vivia na penúria, o
tio era um bêbado e a mãe uma senhora de temperamento irascível. Não, ninguém
diria que seria ela a casar com o abastado, mulherengo e arrogante Jordan
Townsende, duque de Hawthorne.
Mas a verdade é que, devido a um infeliz
mal-entendido, assim foi.
Alexandra é agora duquesa, mas a sua vida é
tudo menos calma. Quatro dias após o casamento, o marido desaparece sem deixar
rasto. É sozinha que tem de enfrentar a sociedade londrina, que despreza o
facto de um dos "seus" aristocratas ter casado com uma campónia
ingénua. Quando Jordan finalmente reaparece, Alexandra já perdeu a inocência
dos seus dezassete anos, mas aos poucos vai descobrir que, por detrás da
fachada gélida do marido, está um homem ternurento, amável e sensual.
Tragicamente, Jordan coleccionou demasiados inimigos e é agora um alvo a
abater. Caberá a Alexandra salvar a vida do homem que ama. Uma missão
impossível não fosse a sua teimosia em acreditar que o futuro lhes reserva…
algo maravilhoso.
Opinião: Por muito que me dê conta do quanto a leitura exaustiva desta espécie de livros arruinou todos os homens (comuns, mortais) aos meus olhos, dei mais algum tempo de antena à Judith McNaught. A verdade é que o seu “Para Sempre” já me tinha comovido há uns meses, e ofereceu algumas lufadas de ar fresco face a esta enchente de livros do género que andam pelas bancas…
Agora o “Algo Maravilhoso” veio cumprir o mesmo propósito.
Romântico, fórmula habitual, final previsível, e ainda assim houve algumas
tiradas imprevistas…
As personagens principais, Jordan e Alexandra, são os
típicos protagonistas destas histórias: ele é rico, um duque, marquês, e sei lá
mais quantos títulos acumula. Ela é pobre, cresceu de modo invulgar (o avô
ensinou-a a citar os grandes pensadores gregos), gosta de esgrima e de
actividad
es ao ar livre. Ele é filho único, o que faz dele um
alvo a abater na sociedade londrina. Ela também é filha única, à excepção de
uma meia-irmã que nunca surge e que fica claro que a despreza.
O casamento é de arranjo,
como todos do género. É na relação entre as duas principais e no contexto
histórico e no esmero dos cenários que reside o meu apreço: por muito que
estejam zangados, desiludidos, ou que oiçam mexericos um do outro, escolhem
sempre acreditar que o outro é melhor do que isso. Acabam por se dar inúmeras
oportunidades e não conseguem deixar de demonstrar carinho e interesse pelo
outro.
Para mim o livro descambou
mais perto do fim, quando o clímax da acção se dá em moldes demasiado
dramáticos, com um deles a ser baleado e a ficar às portas da morte, para
culminar numa recuperação miraculosa…
Enfim, já visto. Já lido.
Ainda assim, gostei.
Meninas: fujam destes
livros. Nenhum homem será jamais suficientemente bom…
Dentro do género:
Classificação: 4,5****/*
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