quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

#107 QUINN, Julia, A Grande Revelação

Opinião: A Grande Revelação era, pelo menos por mim, o livro mais esperado da série Bridgerton. Afinal, é a história da discreta Penelope e do seu amor de sempre, o Colin. Não gosto de fazer exposições de opinião a revelar a história toda, mas tenho de revelar uns pontinhos desta.
O mais importante é saberem que o nome do livro se deve ao desmascarar de Lady Whistledown, que é, de facto, alguém bastante inesperado. Mesmo eu, que já havia lido o livro em Inglês, já me tinha esquecido de quem era a infame aristocrata.
Neste livro o Colin regressa de outra das suas viagens e está com trinta e três anos. Não é pragmático como o irmão mais velho, Anthony, nem um tolo romântico como o outro irmão, Benedict, mas também não anseia (nem sente repulsa) por casar-se. Sente apenas que ainda não encontrou a mulher ideal e, de repente, Penelope revela-se. Isto porque, aos vinte e seis, a jovem perdeu qualquer esperança de se casar e finalmente começa a dizer o que lhe passa pela cabeça, tornou-se independente e dona do seu próprio nariz.
É neste contexto que os dois se aproximam como amigos e que entendem que, apesar de ele sempre a ter visto como a grande amiga da sua irmã mais nova, e ela sempre o ter tido como o homem ideal, o príncipe dos seus sonhos, há muito que desconhecem sobre o ombro. Vão-se tornando mais nítidos aos olhos do outro, vão entendendo que ninguém é perfeito. Tudo regado a muitas risadas, mas também pontuado por momentos de reflexão e dilemas pertinentes. A Quinn não aposta em casais tolos que discutem por tudo e por nada, e é isso que gosto nos livros dela. É o “eu amo-te, mas neste momento não gosto de ti nem concordo contigo”.
Enfim, foi uma leitura prazerosa, despachei-o desde ontem à noite (li 299 páginas de seguida, eu, que não lia nada na íntegra desde Outubro, e mesmo aí devo admitir que pulei algumas páginas de conversa fiada) e a hora em que cheguei a casa hoje.


Gostei muito e fiquei na dúvida se a série encerra aqui ou prossegue com as histórias da Eloise, da Francesca e da Hyacinth, bem como do Gregory. Pelo que vejo no Goodreads, foram os menos populares.

Não consigo atribuir 5* ao livro porque, apesar de ser o meu favorito da série, apesar de terno e de ambas as personagens principais, bem como quase todas as secundárias também, serem excepcionalmente bem criadas, falta qualquer coisa. Qualquer coisa que a Sherry Thomas consegue com naturalidade - um certo desalento de alma, sentido de sobrevivência, luta pelo que se quer. A Lisa Kleypas também trabalha muito bem a química dos seus casais, falo sobretudo do Simon e da Anabelle (1º livro) e se me ponho a falar no St. Vincent e na Evangeline nunca mais me calo (3º llivro)...!

Sinopse: O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz. ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.

CLASSIFICAÇÃO: 4****

2 comentários:

  1. Adoro esta serie :) estou ansiosa por ler este!

    Toda a gente gosta mais do casal St. Vincent e Evangeline, para mim foi o que menos me cativou!!

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    1. A sério? Não gostaste do St. Vincent e da Evangeline? Adorei aquela alma turbulenta dele em contraste com a doçura dela :)

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