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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

#169 QUINN, Julia, Aquele Beijo

Sinopse: Gareth St.Clair vive momentos difíceis. Após a morte do irmão, passa a ser o único herdeiro da fortuna do pai. Infelizmente, o ódio deste por Gareth é tanto que prefere desbaratar o seu património a vê-lo nas mãos do filho. Resta-lhe como legado um velho diário, escrito pela avó paterna, que poderá conter os segredos do seu passado e a chave para o seu futuro. O único problema é que… o diário foi escrito em italiano, uma língua que o jovem não domina de todo.
Por um golpe de sorte, Gareth conhece Hyacinth Bridgerton, a mais jovem menina do conhecido clã, que nunca recusa um desafio, embora o seu italiano deixe muito a desejar. Além disso, Gareth intriga-a, pois parece estar sempre a rir-se dela.
Juntos, embrenham-se nas páginas do velho diário, mas aquilo que vão descobrir transcende as palavras escritas em papel, e manifesta-se sob a forma de um simples - mas inesquecível - beijo… 
Opinião: Hyacinth é hilariante, e a relação dela com o Gregory é preciosa. É o que me recordo dela - divertida e aventureira, fica bem emparelhada com Gareth. Uma vez mais, o nosso herói tem problemas com o pai e anda a tentar desvendar o passado. O livro passou-me quase ao lado, não me recordo de nenhum momento específico do mesmo. Sei que me ri, mas foi ameno. Outros da série são bem melhores.

Classificação: 3***/**

#168 QUINN, Julia, A Caminho do Altar

Sinopse: Gregory Bridgerton procura a sua alma gémea. Acredita fervorosamente no amor verdadeiro, por isso não tem dúvidas de que saberá reconhecer a mulher da sua vida com facilidade. E, de facto, ao conhecer Hermione Watson, o jovem fica rendido. Mas, oh... que tragédia!, a estonteante Hermione está apaixonada por outro. É aí que entra Lucy Abernathy, a melhor amiga dela, sempre disposta a ajudar. Mesmo quando percebe que ela própria sucumbiu ao incurável romantismo de Gregory. Infelizmente, existe um outro “mas”... Pois Lucy está noiva, e tenciona colocar a honra acima dos seus sentimentos. Quanto a Gregory, no momento em que finalmente compreende que os desígnios do coração são mais intrincados do que pensava, já a sua amada vai a caminho do altar. Será que é demasiado tarde? "A Caminho do Altar" é o oitavo volume da deliciosa série protagonizada pela família Bridgerton.

Opinião: É um 3,5, mas não creio que chegue a 4. Penso que seja o encerrar da série Bridgerton, que me entreteu durante longas horas, ao longo de 8 livros com pelo menos 350 páginas cada. Gostaria de ter tido um vislumbre de toda a família junta, mas a autora não nos brindou com esse bombom. Não faz mal, teria sido tudo demasiado perfeito. Não deve ser fácil criar oito personagens principais masculinos e oito personagens principais femininos numa série em que os cenários e as circunstâncias pouco se alteram. Gabo-lhe isso. Porém, quando chegamos a Gregory e Lucinda, só restam os pequenos detalhes, porque as personalidades fortes já tinham todas desfilado nos outros volumes. Gregory é o quarto irmão Bridgerton (Anthony, Bennedict e Colin já encontraram a felicidade) e, dado o historial da família, está convicto de que encontrará o verdadeiro amor. Mas isso do amor é uma estrada tortuosa, e tantas vezes uma pessoa se engana a si própria porque não é capaz de ver fundo o suficiente dentro de si próprio...

Não é o pior livro da série (não me recordo do da Eloise e do da Hyacinth, pelo que considero que foram mais fracos), mas está longe das emoções proporcionadas pela Daphne e o Simon, a Penelope e o Colin, ou mesmo a Sophie e o Bennedict. Ainda assim, a escritora foi competente ao criar a intriga principal, o enredo foi denso q.b. Claro que tudo evolui à velocidade da luz - estes amores-relâmpago... Mas aqui entende-se que há um esforço para se criar a ideia de "amor construído". Ainda que só tenham passado quatro ou cinco dias desde que se conhecem...
Vou sentir falta desta família. Estes livros trazem-me alguma paz, porque dão sempre a ilusão de que os nossos sonhos se vão cumprir e que o final feliz esta aí para todos.


Classificação: 3,5***/**

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

#122 QUINN, Julia, Para Sir Phillip, com Amor

Sinopse: Sir Phillip sabia que Eloise Bridgerton tinha já 28 anos e era, pois claro, uma solteirona. Foi por isso mesmo que pediu a sua mão em casamento. Sir Phillip partiu do princípio de que Eloise estaria desesperada por casar e não seria exigente ou caprichosa.
Só que… estava enganado. No dia em que ela lhe aparece à porta, torna-se óbvio que é tudo menos modesta e recatada.
E quando Eloise finalmente para de falar, ele percebe, rendido, que o que mais deseja é… beijá-la.
É que, quando recebeu a tão inesperada proposta, Eloise ficou perplexa. Afinal, nem sequer se conheciam pessoalmente. Mas depois… o seu coração levou a melhor e quando dá por si está numa carruagem alugada, rumo àquele que pensa poder ser o homem dos seus sonhos. Só que… estava enganada. Embora Sir Phillip seja atraente, é certo, é também um bruto, um rude e temperamental bruto, o oposto dos gentis cavalheiros que a cortejam em Londres.
Mas quando ele sorri… e quando a beija… o resto do mundo evapora-se e Eloise não consegue evitar a pergunta: será que este pesadelo de homem é, afinal, o homem dos seus sonhos?

Opinião: Tratando-se de um livro da Julia Quinn, é certo que gostaria dele. Já tinha lido algumas reviews a respeito deste livro, e não me parece que tenha sido o favorito de muitas pessoas no Goodreads. Contudo, foi um dos meus favoritos da saga dos irmãos Bridgerton, lado a lado com a história da Daphne e do Simon, e do Colin e da Penelope.
Achei a Eloisa uma personagem forte, bem construída, convicta e de grande dignidade. E o Phillip pouco tem dos heróis comuns destas novelas, posto que não é um vagabundo libertino, nem se propõe a corromper a mocinha. É um viúvo a braços com duas crianças complicadas, um botânico demasiado afogado nas suas lides para dedicar algum tempo aos filhos, e isso corrói-o de culpa.
Precisa de uma mãe para os filhos mas, conforme vai conhecendo Eloisa, começa a entender que está há tempo demais sem contacto humano e sem os abalos habituais que as relações amorosas causam a quem os experiencia.
O livro é tão terno quanto divertido, a Julia tem esse dom; o de me pôr a rir às gargalhadas a meio da noite. Depois aperta-me o coração, e é por isso que continuo a lê-la, para experienciar emoções através da mestria da pena dela neste género.
Há, contudo, algo que não gostei no livro. Perdoem-me por tentar descortinar ideologias e responsabilidade social na ficção, mas isto de facto assustou-me.
Phillip fora anteriormente casado, a esposa, Marina, suicidara-se. Pelo quadro de apatia, choros contantes e isolamento, diagnostico-a facilmente com depressão. A autora menciona que tudo isto se intensificara após o nascimento das crianças, pelo que penso que poderia querer referir-se a uma depressão pós-parto que, não curada, levou ao desespero final. O que é que detestei aqui?
Ninguém chega realmente a falar mal da Marina, mas culpabilizam-na pelo seu estado. Recriminam-na, passam longos diálogos a comparar essa mulher “triste”, na realidade doente, ao furacão de alegria que é a Eloisa. Este homem diz que tentara tudo (não sei ao certo o quê), e que Marina decidira não lutar. A autora apresenta-nos aqui uma pessoa com uma doença do foro psiquiátrico e o seu marido, que não a compreende, não sabe apoiá-la, e se regozija (embora não de forma aberta) pela sua partida. Chega a dizer que não quer rodear-se novamente de pessoas “tristes”, e que tudo o que almeja é uma esposa feliz.
Fiquei triste com esta abordagem superficial que a autora fez ao tema “depressão”. Basicamente deu a entender que o ideal é partirmos para outra, que essas pessoas estão condenadas à partida e não têm nada para oferecer que não angústia e sofrimento a quem se preocupa com elas. Este fantasma de preconceito assombrou-me durante todo o livro.
Isso e uma cena mais para o final, em que “flores” e “centenas” são mencionadas na mesma frase, recordou-me que o livro deve ser levado com leviandade, e por isso não poderia atribuir-lhe cinco estrelas.

Classificação: 4****/* 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

#107 QUINN, Julia, A Grande Revelação

Opinião: A Grande Revelação era, pelo menos por mim, o livro mais esperado da série Bridgerton. Afinal, é a história da discreta Penelope e do seu amor de sempre, o Colin. Não gosto de fazer exposições de opinião a revelar a história toda, mas tenho de revelar uns pontinhos desta.
O mais importante é saberem que o nome do livro se deve ao desmascarar de Lady Whistledown, que é, de facto, alguém bastante inesperado. Mesmo eu, que já havia lido o livro em Inglês, já me tinha esquecido de quem era a infame aristocrata.
Neste livro o Colin regressa de outra das suas viagens e está com trinta e três anos. Não é pragmático como o irmão mais velho, Anthony, nem um tolo romântico como o outro irmão, Benedict, mas também não anseia (nem sente repulsa) por casar-se. Sente apenas que ainda não encontrou a mulher ideal e, de repente, Penelope revela-se. Isto porque, aos vinte e seis, a jovem perdeu qualquer esperança de se casar e finalmente começa a dizer o que lhe passa pela cabeça, tornou-se independente e dona do seu próprio nariz.
É neste contexto que os dois se aproximam como amigos e que entendem que, apesar de ele sempre a ter visto como a grande amiga da sua irmã mais nova, e ela sempre o ter tido como o homem ideal, o príncipe dos seus sonhos, há muito que desconhecem sobre o ombro. Vão-se tornando mais nítidos aos olhos do outro, vão entendendo que ninguém é perfeito. Tudo regado a muitas risadas, mas também pontuado por momentos de reflexão e dilemas pertinentes. A Quinn não aposta em casais tolos que discutem por tudo e por nada, e é isso que gosto nos livros dela. É o “eu amo-te, mas neste momento não gosto de ti nem concordo contigo”.
Enfim, foi uma leitura prazerosa, despachei-o desde ontem à noite (li 299 páginas de seguida, eu, que não lia nada na íntegra desde Outubro, e mesmo aí devo admitir que pulei algumas páginas de conversa fiada) e a hora em que cheguei a casa hoje.


Gostei muito e fiquei na dúvida se a série encerra aqui ou prossegue com as histórias da Eloise, da Francesca e da Hyacinth, bem como do Gregory. Pelo que vejo no Goodreads, foram os menos populares.

Não consigo atribuir 5* ao livro porque, apesar de ser o meu favorito da série, apesar de terno e de ambas as personagens principais, bem como quase todas as secundárias também, serem excepcionalmente bem criadas, falta qualquer coisa. Qualquer coisa que a Sherry Thomas consegue com naturalidade - um certo desalento de alma, sentido de sobrevivência, luta pelo que se quer. A Lisa Kleypas também trabalha muito bem a química dos seus casais, falo sobretudo do Simon e da Anabelle (1º livro) e se me ponho a falar no St. Vincent e na Evangeline nunca mais me calo (3º llivro)...!

Sinopse: O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz. ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.

CLASSIFICAÇÃO: 4****

sexta-feira, 26 de abril de 2013

#84 QUINN, Julia, Romancing Mr. Bridgerton


Classificação: 3,5***/*

Synopsis: Penelope Featherington has secretly adored her best friend's brother for . . . well, it feels like forever. After half a lifetime of watching Colin Bridgerton from afar, she thinks she knows everything about him, until she stumbles across his deepest secret . . . and fears she doesn't know him at all. 
Colin Bridgerton is tired of being thought nothing but an empty-headed charmer, tired of everyone's preoccupation with the notorious gossip columnist Lady Whistledown, who can't seem to publish an edition without mentioning him in the first paragraph. 
But when Colin returns to London from a trip aboard, he discovers nothing in his life is quite the same, especially Penelope Featherington, the girl haunting his dreams! 

And when he discovers that Penelope has secrets of her own, this elusive bachelor must decide . . . is she his biggest threat, or his promise of a happy ending?

Opinião: O que gostei mais a respeito deste livro foi o facto de ter prestado tanta atenção ao Colin e à Penelope nos anteriores. O destino estava sempre a colocá-la a suspirar por ele e a refazer-se das ofensas que ele - não por maldade mas por descuido - lhe incutia. A Penelope é a ovelha negra da sociedade Londrina. Neste livro está com 28 anos, é uma solteirona que deixou de se importar se sai ou não acompanhada de casa. O Colin acabou de regressar de uma viagem ao Chipre.  Como já tem trinta e três anos a mãe parece mais inclinada em dar-lhe uma trégua.

É neste contexto que ele a Penelope começam a aproximar-se. Ele sente-se em dívida para com ela devido às grosserias que cometeu ao longo dos doze anos em que ela o admirou secretamente. O “amor” não foi apressado, nem a afeição do Colin foi justificada por uma mudança drástica da parte da Penelope (do género emagrecer ou passar a vestir-se melhor). É ele que admite que muda e que lhe vê qualidades que só agora é capaz de valorizar. A Penelope havia desistido por completo. É interessante vê-la revelar-se aos poucos, agora que é assumidamente solteirona e não tem nada a perder, e também agora que já não tem ilusões românticas quanto ao Colin. Finalmente é livre de abrir a boca e dizer o que lhe vai na cabeça. Acabamos por descobrir que parte do seu espírito menos submisso já lá estava.
Este é o livro da série em que depositei mais esperanças. Talvez porque o Colin tivesse tanto que se desculpar para com a Penelope... e como ia um homem tão popular e divertido encontrar algum estímulo numa mosca morta como a Penelope???
Neste livro também descobrimos, finalmente, quem é Lady Whistledown. Não faço ideia se continuará a fazer comentários argutos nos próximos livros, porque desmascarada ser-lhe-á mais difícil criticar os vestidos das senhoras.
Não sei... penso que as histórias do Simon e da Daphne, do Benedict e da Sophie, foram bem mais bonitas. Talvez a Julia tenha posto mais alma nelas. Talvez as minhas expectativas estivessem demasiado altas.

English version: What I liked the most about this book was the fact that I paid a lot of attention to Colin and Penelope in the other volumes. Fate was always making her long for him as well as she'd get back on her feet from his last offense - not that he meant it, but he was way too clumsy to avoid it. Penelope is the black sheep of London's society. In this book she's 28, an old maid who just stop worrying about leaving home without a chaperone for a walk. Colin just got home from a trip to Cyprus. Since he's already 33, his mother finally gives him a break from the "bride's hunt".
This is the context in which the two of them start spending more time together. He feels he owes her an apology due to the ruthless way he've been threating her at times, during the last twelve years in which she loved him secretly. Love was not rushed and Colin's affection was not justified by a drastic change in Penelope's way (like losing weight or dressing up better). It's him who admits he has changed and who admits he's now able to see her qualities as he wasn't before. Penelope gave up completely. It is interesting to see her reveal herself; she's unassumingly a maid and she has nothing to lose, she has even put aside her romantic illusions towards Colin. She's now free to open her mouth to whatever she intends to say. We end up finding out that there isn't much bondage on her true spirit.
This is the book from these series that I've put more expectations on. Maybe because Colin had to make it up to Penelope for all the times his comments hurt her. And how would such a popular and funny man ever find amusement in a wallflower like Penelope???
In this book you'll also find who is Lady Whistledown - finally! I have no idea if, from now on, she'll continue criticizing the ladies gowns on balls.
I don't know I just... I think Simon and Daphne, Benedict and Sophie... their stories where prettier. Maybe Quinn put more soul into them. Or maybe my expectations were way too high.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

#83 QUINN, Julia, Amor & Enganos

Classificação: 4,5****/*

Sinopse: Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados pela madrasta, que a relegou para o papel de criada. Mas na noite da festa, a sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora marcada: a meia-noite. Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção feita... talvez... aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar. Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a realidade e o sonho, entre o que os seus olhos veem  e o que o seu coração sente. Ou talvez não...

Opinião: O que guardo sempre dos livros da Julia Quinn são as gargalhadas. As situações caricatas e o aperto no peito quando as personagens finalmente metem o humor de lado para se abrirem perante as outras.
Gostei muito deste livro. Lembra-me a versão da Renee Olstead do “When I fall in love”. É um livro romântico – o mais romântico que li em anos – sonhador, doce e angustiante em diversas partes. Adorei a Sophie, apaixonei-me pelo Benedict à terceira página, adorei a condução da história deles.
O Benedict é o segundo dos irmãos Bridgerton, com uma mãe que dedica todos os seus recursos à “caça ao cônjuge” para os filhos. Neste livro também ela revelou outra faceta sua ao dar a entender que foi uma mulher muito feliz com o marido e que, por isso, deseja felicidade sentimental aos filhos acima de tudo. Quanto a Sophie, é uma filha bastarda de conde, maltratada pela Madrasta.
A Cinderela… Bom, nem sei bem que diga da Cinderela. Em pequena alugava o filme todos os fins-de-semana. Pais e irmãos mais do que saturados daquela criatura submissa. Este livro começou como se estivesse perante a história da Cinderella, com uma Sophie maltrada e dócil. Entretanto revelou-se de carácter forte e batalhador, sem os arrufos idióticos de personagens como a Pegeen (Patricia Cabot). Benedict é um artista, um romântico. Todo ele padrões morais e respeitabilidade. Adorei deslindar o modo como ele se debatia entre a misteriosa mulher que conhecera num baile – e que se eclipsara – e a criada que vivia sob o tecto das suas irmãs.
Suspirei, ri às gargalhadas, apaixonei-me pelo Benedict, quis torcer o pescoço à madrasta (Araminta) e bater as palmas a uma das meias-irmãs (Posy). Aconselho aos românticos! Não atribuo 5 porque faltou ali um pozinho mágico qualquer... Talvez consiga finalmente dar essa classificação à Quinn com o Colin e a Penelope.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

#56 QUINN, Julia - Peripécias do Coração


Sinopse: A sensata Kate Sheffield está decidida a encontrar para a sua meia-irmã Edwina um marido de reputação impecável. Mal ela sabe que o visconde Anthony Bridgerton já traçou um plano... que inclui a belíssima jovem! E ele não está habituado a ser contrariado... Embora Anthony seja o solteirão mais cobiçado da temporada, a sua reputação de mulherengo perturba Kate. Ela terá de agir rapidamente, pois Edwina vê com muito bons olhos os avanços do visconde. Mas Edwina fez uma promessa que não está disposta a quebrar: nunca casará sem a bênção de Kate. Cabe, pois, a Anthony convencer aquela que (espera) será a sua futura cunhada. Ele é um homem determinado e seguro de si... e não contava encontrar uma adversária à sua altura. Frente a frente, Kate e Anthony apercebem-se de que têm mais em comum do que imaginaram. Mas o que os une ameaça separá-los para sempre

Opinião: A Julia Quinn já tinha conquistado um lugar no meu coração com o Crónica de Paixões e Caprichos. Acontece que, em certa medida, o ritmo é o mesmo. As personagens são adoráveis – a seu modo únicas –, mas o enredo pareceu-me um pouco semelhante ao anterior. E com isto digo um homem atormentado por motivos ligados ao pai a deixar que isso se interponha, à semelhança do romance anterior da série, entre si e a felicidade ao lado da mulher que ama.
A Kate é, de facto, sensata, mas a relação dela e da Edwina peca um pouco – talvez por ser tão apregoada na sinopse. Há raros momentos entre as duas e não chega a existir de facto um conflito relacionado com o Anthony. A modos que o amor dos dois não tem grandes obstáculos se não eles mesmos, porque as mães e a sociedade em geral estão de acordo. A própria Edwina acaba por ser convenientemente emparelhada com outro senhor… Enfim, estou a falar demais?
Não atribuo 5 porque esse lugar, nos romances históricos, continua a estar reservado para as minhas meninas do costume – Sherry Thomas, Laura Lee Guhrke e Lisa Kleypas com as Wallflowers (a propósito, o segundo livro sai agora em Outubro! Título vergonhosamente lamentável, assim como o primeiro, porque a série tem tão mais classe do que os mesmos sugerem!). Atribuo 4 porque, a partir do meio, a leitura tornou-se compulsiva, fácil de absorver, nada aborrecida. Ri-me muitas vezes, gostei bastante do Anthony e acho-o, assim como à Kate, muito humanos. E os irmãos Bridgerton são uma risada que só…! Continuo ansiosamente à espera do enlace do Colin e da Penelope no quarto volume…

Classificação: 4

segunda-feira, 2 de julho de 2012

#41 - QUINN, Julia - Crónica de Paixões e Caprichos

Sinopse: As mães casamenteiras da alta sociedade londrina estão ao rubro: Simon Basset, o atraente (e solteiro!) duque de Hastings, está de volta a Inglaterra. O jovem aristocrata mal sabe o que o espera pois a perseguição das enérgicas senhoras é implacável. Mas Simon não pretende abdicar da sua liberdade tão cedo… Igualmente atormentada pela pressão social, a adorável Daphne Bridgerton sonha ainda com um casamento de amor, embora a sua espera por um príncipe encantado comece já a ser alvo de mexericos. Juntos, os jovens decidem fingir um noivado, o que garantirá paz e sossego a Simon e fará de Daphne a mais cobiçada jovem da temporada. Mas, entre salões de baile e passeios ao luar, a paixão entre ambos rapidamente deixa de ser ficção para se tornar bem real. E embora Daphne comece a pensar em alterar ligeiramente os seus planos iniciais, Simon debate-se com um segredo que pode ser fatal…

Opinião: Uma vez que eu já li tantos romances históricos (isto é, houve uma altura - chamada faculdade, boa vida! - em que diariamente baixava um livro e só dormia quando acabasse de o ler, em pt-br, em pt, em inglês) parece que já nem sei distingui-los. Pareceu-me que já o tinha lido devido a alguns momentos que tiveram lugar. O livro é tantas coisas... Hilariante, é  o mais óbvio, mas também tem uma história bem elaborada, tem momentos em que me deixou angustiada, tem uma profundidade humana muito bem vinda nesta espécie de obra e tem um casal de protagonistas que, ao contrário de tantos livros do género, conseguem manter algum decoro até serem livres de se enrolar. Adorei a Daphne, era muito directa, muito sensata, muito amiga de rir, e arrasta o Simon para isso: para a leveza de espírito e para as gargalhadas. Eu já não sabia se dava gargalhadas à noite porque achava graça às parvoíces deles ou porque estavam perdidos de riso. É um livro muito bem disposto, com a dose certa de romance e de discussão - e o que dizer dos três irmãos da Daphne? Anthony, Benedict e Colin, sempre em cima do acontecimento e sempre prontos a exigir explicações ao Simon... ou ainda o que dizer da Violet, mãe dos irmãos, sempre em cima dos rapazes?
Dentro do género, hesitei muito entre 4 e 5 estrelas, porque, para mim, 5 estrelas sem hesitação é O Casamento do Ano (Laura Lee Guhrke), Desejo Subtil (Lisa Kleypas), o Um Amor Quase Perfeito e o Promessas de Amor, da Sherry Thomas. Estou ansiosamente à espera do próximo da Quinn.

Classificação: 4,5****/*