Sinopse: Miss Linnet Berry Thrynne é
Bela … Naturalmente, está noiva
de um Monstro. Piers Yelverton, conde de Marchant, vive num castelo no
País de Gales, onde, corre o boato, o seu mau humor arrasa todas as pessoas com
quem se cruza. E também consta que uma lesão deixou o conde imune aos encantos
de qualquer mulher.
Só que Linnet não é qualquer
mulher. Ela é mais do que simplesmente formosa: o seu espírito e encanto
forçaram um príncipe a ajoelhar-se. E calcula que um conde se apaixonará
loucamente por ela… em apenas duas semanas. No entanto, Linnet não tem
ideia do perigo a que o seu coração é exposto por um homem que poderá nunca
devolver-lhe o seu amor. Se ela decidir ser realmente muito perversa … que
preço pagará por domar o coração selvagem desse homem?
Opinião: Dentro
do romance deste género é bastante bom. Sim, especialmente quando comparado com
o "Força do Desejo" da Jess Michaels e o "Ligações
Proibidas", que de "Histórico" só têm as descrições das camadas
de roupa que vão removendo. Ai corpetes e anáguas e blabla.
Pontos positivos - é divertido, tem vários
pormenores históricos, têm o Piers inspirado no Dr. House, embora muito mais
charmoso, tem alguma audácia quanto ao que a autora causa à Linnet no final do
livro, gostei de ver uma personagem de romance histórico nesses sobressaltos,
sim, porque geralmente o maior sobressalto que as senhoras destes livros sofrem
é 1) serem raptadas, 2) serem picadas por cobras, 3) serem raptadas. Adorei o
romance secundário entre os pais do Piers, que se tinham separado e se
encontram agora no castelo. Achei também que todas as personagens secundárias
estavam muitíssimo bem criadas, o que tornou o livro mais realista - o mordomo
(sou incapaz de escrever tal nome), a tia da Linnet, Zenobia, o pai e a mãe do
Piers, a enfermeira Matilda (mencionei que o Piers é médico???), um rapazinho
que é paciente... o primo do Piers, Sébastien, etc...
Pontos negativos - quanto ao
"romance" propriamente dito... falhou ali qualquer coisa. Primeiro
porque, supostamente, ele é conhecido como "monstro", mas acho que a
autora não transpôs para o Piers essa carga sombria associada a um
"monstro". Ele tem mau feitio, é irónico e assertivo nos comentários
que faz, além de ser um génio, mas uma maldadezinha ou outra não lhe teriam
feito mal. Em seguida, ele e a Linnet caem demasiado rápido nas boas graças um
do outro. Isto é; teria sido bonito se ele tivesse resistido um bocadinho
mais...
Houve só um
pequeno pormenor que me confundiu: no início do livro deu-me a ideia que a
Linnet é descrita como sendo loira de olhos azuis. Depois a meio passa a ter o
cabelo "loiro-arruivado", depois quando está ao sol o cabelo brilha
em "ruivo-escuro". Ora... que magnífica cabeleireira a que a assistia
– ou estaria eu distraída?
Em resumo: gostei bastante, sim. Tirei
prazer das piadas e dos diálogos, que foram inteligentes e tinham substância,
coisa que hoje em dia tem andado complicado, sobretudo nos diálogos destes
livros que revolvem sempre em torno da "inexperiência" da donzela e
na "vida devassa" do galã. Teve momentos realmente ternos e, ao
contrário da Phaedra e do Elliot (Lições de Desejo? Já não sei distinguir o
nome dos livros da Hunter", estes dois foram claramente feitos um para o
outro. Só lamente que não houvesse mais dúvidas, mais reservas, mais hesitação,
antes de se tornarem melhores amigos e andarem às cambalhotas. Ele devia ter
sido mau para ela, devia!!! Porque a essência da Bela e o Monstro é o modo como
o Monstro começa por ser grosseiro - até cruel - para ela, para depois
deixar-se conquistar pela sua bondade, e ela pela sua redenção.
Classificação: 4****
O livro é bom, mas eu espera mais.... De monstro Piers não tem nada.... então, para mim, fugiu do contexto. Mas que ele tem muito do House, ah isso ele tem!! :)
ResponderEliminarÉ verdade, o homem era encantador!!!! Mau feitio como eu gosto x)
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