Porque também há coisas que um autor não gosta de ouvir.
Mas hoje é dia de partilhar qualquer coisa de bom.
Com A Filha do Barão nas livrarias de amanhã a uma semana, está na hora de analisar o lado bom de nos expormos ao lançar livros. Um livro é algo de muito íntimo, de muito nosso (do autor). Por isso aqui vai o que é bom de ouvir...
DEMÊNCIA (2011)
«Este livro fez-me chorar, rir, dizer palavrões e querer abraçar aquela mulher»
Lia Correia
«Quase que me parece impossível um livro assim ter sido escrito por alguém com 20/22 anos»
Maria Nunes
«Não
sei o que esperava. Só sei que não esperava isto, nem esperava
sentir-me impelida de forma tão definitiva para esta obra. O título é
forte, com uma inegável conotação para aquilo que é frágil, limitado,
falível - a mente humana.»
Filipa Moreno
«Muito de mim se debateu a ler estas páginas. Estão repletas de dor e alegria, de revolta e piedade, de abismo e milagre. Sentimentos esses que passam para o leitor.»
Phylippa Nights B. (nome no goodreads)
«Foi
a primeira obra que li da sua autoria e achei-a deliciosamente
apelativa, doce, aconchegante e avassaladora mas, acima de tudo, real e
portuguesa!»
Sara Oliveira
«(Ai, quem me dera ter um amigo como Sebastião...)»
Teresa (nome no goodreads)
«é
de pressupor que irá ainda evoluir nas suas próximas obras e, se
conseguir melhorar, como acredito que consiga, o que já é tão bom, nem
quero pensar na maravilha que serão os seus próximos livros»
Joana (nome no goodreads)
«outro tema que me chamou a atenção foram as falsas aparências»
Cata (nome no goodreads)
«A
verdade é que li avidamente até ao fim e agora tenho saudades daquelas
personagens que conheci, ricas, profundas, com defeitos e virtudes...
reais.»
Miguel (nome no goodreads)
O FUNERAL DA NOSSA MÃE (2012)
«Para
mim, os dois grandes trunfos deste livro são, sem dúvida, as suas
personagens e a capacidade de nos surpreender, mesmo até às últimas
páginas.»
Ana (nome no goodreads)
«A meu ver, é no diálogo que jaz a força da escritora em termos de escrita, o que sinceramente não estava à espera visto ser contrário à maioria da minha diminuta experiência com autores portugueses.»
Teresa (nome no goodreads)
«Não quero ser redutor. É um romance maravilhoso e pleno de intensidade. Fala por si.»
Tiago Diogo
«É ao ler obras destas, e ao fechar livros como este que me apercebo que
temos realmente autores portugueses fantásticos e que apostamos tão
pouco neles em vez de os enaltecermos por aquilo que tão bem fazem.»
Margarida (nome no goodreads)
«O
que me deu vontade a certa altura, durante a leitura, foi enfiar-me
numa aldeia recôndita deste nosso Portugal e começar a deslindar
histórias escondidas, segredos por revelar, enredos ocultos por entre
todas aquelas vivências. É um livro que nos faz isso: pensar. Pensar em
nós, nas nossas atitudes e, sobretudo, nos nossos erros. Erros que
todos, sem excepção cometemos.»
Andreia Silva
«Voltando
às personagens – são possivelmente os ovos de ouro do livro. Diversas,
com histórias, sentimentos e personalidades que lhes conferem
palpabilidade, são de um grande realismo, desde as principais até às
mais secundárias. A autora teve sucesso em apresenta-las como aquilo que
são: seres humanos; e se por vezes eu sentia desprezo ou vontade de
esbofetear alguma, no final acabei por não as conseguir odiar, nem nos
seus piores momentos. Interessei-me por elas, quis conhece-las, saber o
seu passado e adivinhar o seu futuro – observar o seu crescimento. Algo
com o qual não estava propriamente a contar.»
Inês Montenegro
«A
autora trouxe-nos um livro cheio de acções humanas, de incidentes que
podem acontecer a qualquer um nós e que muitas vezes calamos por orgulho
ou vergonha.»
Ana Neves
Com estes comentários, e muitos outros, aprendi que:
- O "show" é sempre preferível ao "tell";
- Criar um elo com a cultura do meu país e do meu povo aproxima o leitor do autor;
- Defeitos, falhas e humanidade são os ingredientes principais para boas personagens;
- Anti-heróis são a minha praia;
- Segundo os leitores, os meus pontos altos são a primeira pessoa (em epístolas, sobretudo) e o diálogo (depreendo que me saia com naturalidade);
- Introduzir parágrafos onde se justifiquem, para facilitar a leitura;
- Pequenos capítulos;
- Evitar cenas sem conteúdo essencial para o desenrolar do enredo;
- Ser ainda mais exaustiva na veracidade das informações passadas, porque um livro tem também um papel informativo e não quero induzir ninguém em erro;
- Se cada livro que escrever for um bocadinho melhor do que o anterior, dou-me por feliz.
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