
Opinião: Gostei muito do livro, sobretudo porque foi muito diferente de todos os outros do género. Para começar, a Lily já teve um affair e tem uma filha. Passa todo o livro a tentar recuperá-la. O facto de se apaixonar pelo Raiford é só um contratempo que acaba por ser útil. Mas claro que há incongruências: a família rejeitou-a pela sua conduta escandalosa e, no entanto, quando ela os procura para acabar com o noivado combinado da irmã, todos reagem com a maior naturalidade. São personagens secundárias sem grande alma. O desenvolvimento do romance é muito interessante, sobretudo porque no início eles odeiam-se de facto. Não é aquela tensão sexual preparatória de uma história de amor atribulada. Era realmente um confronto aberto e bem fundamentado. Claro que o Raiford é maravilhoso, protector, ciumento, cheio de método, charme e influência. Em dez páginas resolve tudo o que ela enrolou durante quatro anos. Nalguns momentos, a independência atabalhoada da Lily levou-me a sentir que a Kleypas está a diminuir as mulheres, posto que o Raiford é peça chave para salvar o dia. Ele é o típico estereótipo do perfeito homem do século XIX, e ela é o exemplo de tudo aquilo que uma mulher não deveria ser. Mas gostei do livro. Gostei do modo como o amor deles nasce devagar, sem se anunciar, e quando dão por isso, já não conseguem desligar-se daquela outra pessoa.
Li em inglês, pelo que pude focar-me na escrita pura da autora, nomeadamente no número de vezes que "wryly" surge. Ainda tenho de ir ao dicionário ver o que é isto...
Se o publicarem em Português, lá vou eu comprá-lo e lê-lo. A fórmula nunca falha...
Classificação: 4,5****/*
Desta autora ainda só li Um Estranho nos Meus Braços, mas foi suficiente para ficar fã :)
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