sábado, 31 de março de 2012

#6 MANICKA, Rani - O Amante Japonês

Sinopse: Parvathi é uma sonhadora. Mais do que tudo, deseja amar – e ser amada – sem restrições. Mas o pai tem para ela planos que incluem um casamento arranjado com um desconhecido. Ele é um viúvo rico da Malásia, para onde a jovem será obrigada a partir. Recém-chegada a uma terra desconhecida, vê-se a braços com a fúria do marido. É que o pai de Parvathi enganou-o, enviando-lhe a fotografia de uma rapariga diferente… e mais bonita. Mas, lentamente, marido e mulher chegam a um entendimento. Ela é uma esposa dedicada mas vive um casamento sem paixão. No seu íntimo, continua a sonhar. O mundo à sua volta está em convulsão, e a sua própria vida rapidamente mudará também: o marido morre e a Malásia é invadida pelo Japão. Para salvar a dignidade da enteada, Parvathi aceita entregar-se todas as noites ao general japonês que lhe ocupa a casa. Será desta forma inesperada que conhece pela primeira vez a paixão. Gradualmente, o seu inimigo de morte transforma-se no amante por quem sempre ansiou…
Povoada de mitos e magia, esta exótica saga familiar é um retrato inesquecível da história recente da Malásia e um hino ao poder do amor incondicional.

Opinião: Um retrato delicioso do Ceilão no início do séc. XX, e que beleza de tradições... a cada vez que pego no livro sinto-me invadida pelas fragrâncias do oriente. É daqueles livros que cria um ambiente acolhedor, colorido, perfumado, misterioso, para o qual queremos voltar a refugiar-nos a cada minutinho livre. Agora que o terminei, lamento o facto de a personagem principal, Parvathi, ser uma vitima voluntária. Estava constantemente a ser enganada e traída pela família, e aceitava-o com tal condescendência que me senti ofendida com a sua passividade. Não é uma história sobre enfrentar os problemas, mas sobre aceitar a inevitabilidade dos obstáculos que temos que enfrentar em cada reencarnação. Como curiosidade, para que o leitor não se decepcione, adianto já que o livro pouco tem a ver com o amor, e a Parvathi pouco talhada é para esses assuntos. O livro é uma explosão de cultura oriental e de tradições fasciantes. É por aí que prima.

Classificação: 4****

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