Sinopse: Olympia Biddeford é a filha
única de um proeminente casal de Boston, uma jovem precoce a quem o pai afastou
das instituições académicas com o objectivo de lhe garantir uma educação
refinada e pouco convencional. No Verão de 1899, Olympia tem quinze anos e a
sua vida está prestes a mudar para sempre. Cheia de ideias e entusiasmada com
os primeiros arrebatamentos da maturidade, é admitida no círculo social do pai,
que contempla artistas, escritores, advogados e, entre eles, John Haskell, um
médico carismático. Entre ambos nasce uma impensável e arrebatadora paixão. Sem
ter em conta o sentido das conveniências ou da autoprevervação. Olympia
mergulha de cabeça numa relação cujos resultados serão catastróficos. John tem
quarenta anos, é casado e pai de quatro filhos.
Opinião: Recordo-me que o comprei por impulso, porque li a sinopse e me pareceu interessante. Mas tive medo porque o enredo era-me tão estranho, tão condenável à luz da sociedade actual, que receei que a autora não estivesse à altura de o salvar desses julgamentos. No entanto... Um (se não o melhor) dos melhores romances que alguma vez li - no sentido de romance "romântico", com história, credibilidade, riqueza humana, riqueza sentimental, obstáculos pertinentes, aprendizagem mútua. É imprevisível, historicamente fiel, sensível e um daqueles livros que parecem cheirar bem, sabem? Desde o primeiro capítulo, desde as primeiras linhas, quando a Olímpia caminha à beira mar, até ao derradeiro final, impensável até aí... Vão amá-lo se querem explorar a possibilidade real de um amor impossível...
Não sei se estão a ver... é que o John Haskell é um médico de 41 anos com 4 crianças e uma mulher simpática com hálito a hortelã, e a privilegiada Olympia Biddeford está prestes a celebrar o seu 16º aniversário nesse verão de 1899. Quais são as probabilidades de estes dois se apaixonarem? Quais são as probabilidades de ficarem juntos? Só vos anuncio que esta senhora não vai fazer as coisas fáceis... vão andar numa agonia constante ao longo do livro. Não revelo finais, mas arrebata da primeira à última página. Pôs-me a chorar e não foi a única vez que a Mrs. Shreve me pôs a chorar... Um poder desses, na escrita, é notável.
Classificação: 5****
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