Sinopse: Inês de Toledo, feiticeira e
física da corte de D. João II, estava preparada para morrer na Praça do
Giraldo, em Évora. O povo acotovelava-se para assistir ao sacrifício e na
tribuna apenas falta o bispo. Quando este chega, Inês reconhece nele Miguel de
Olivença, o homem que tinha amado toda a vida e que julgava morto nas galés.
Por isso, para o poder ver de novo, pede como desejo para só a ele se confessar
e a ele deixar a sua verdade.
Só ao Bispo me Confesso é um romance histórico
envolvente, mágico e cativante. Com ele conhecemos detalhes sempre esquecidos
da nossa história, desde a espionagem e a política de sigilo aos piratas e
corsários, passando pelas ordens religiosas ou pelos sonhos de além-mar,
elementos que surgem nas palavras de Inês de Toledo com um realismo
enternecedor.
Opinião: O que posso dizer desta obra de Margarida Pedrosa? Comprei-a pela capa, pela seda reluzente do vestido da senhora. E porque sou apaixonada por história, e trata-se de um romance histórico.
Ao lê-lo, confrontei-me com algumas curiosidades interessantes do país - lembro-me de se falar em mezinhas com plantas das colónias e de leprosos e das punições a crimes. Achei interessante o facto de a personagem principal se fingir ocasionalmente de homem. O romance em si não foi propriamente arrebatador... o final prima pela escolha do fado das personagens, mas não pelo modo como foi conseguido.
Em suma, infelizmente, esta obra da Margarida Pedrosa é outro dos motivos pelos quais tenho sempre um pé atrás com a literatura portuguesa. Ela e o José Luís Peixoto conseguiram essa proeza.
Classificação: 2**
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