Sinopse: Quénia, 1957. Durante a infância, três meninas de
meios sociais muito diferentes tornam-se irmãs de sangue: a irlandesa Sarah
Mackay, a africânder Hannah van der Beer e a britânica Camilla Broughton-Smith
juram que nada nem ninguém quebrará o laço que as une. Mas o que o futuro lhes
reserva vai pôr à prova os seus sonhos e certezas. Separadas pela distância e pelas
obrigações familiares, as três jovens são atiradas para um mundo de interesses
em conflito. Camilla alcança o sucesso como modelo na animada Londres da década
de 1960; Sarah Mackay é enviada para a universidade na sua Irlanda natal, uma
experiência penosa que apenas fortalece a sua determinação de voltar para
África; e a família de Hannah Van der Beer esforça-se para manter a fazenda que
os seus antepassados africânderes erigiram na viragem do século. Os seus laços
serão constantemente postos à prova e, a par do exotismo de África, a sua
amizade será pano de fundo para interesses amorosos cruzados e promessas
quebradas.
Opinião: Comecei a ler este livro há anos atrás. Se
não me engano, comprei-o na feira do livro de 2010. Portanto comecei a lê-lo
aí, em Maio de 2010. Tem 670 páginas e devorei 600 delas num instante. Não
posso dizer que me recordo de todos os pormenores da história, mas recordo-me
dos núcleos centrais, da Hannah, da Sarah e da Camilla. Das vidas e das
angústias de cada uma. Recordo-me de que a Sarah foi sempre apaixonada pelo
irmão da Hannah, o Piet, e que o Piet foi sempre um capacho da Camilla (até
certo ponto). Depois recordo-me de que a Camilla era apaixonada por um homem da
savana que combate caçadores ilegais, o Anthony, e que este Anthony é um
mulherengo. E lembro-me das tradições africanas, deste Quénia dos anos 60,
quando a Inglaterra finalmente recua e o país fica entregue a si próprio.
Recordava-me das violências raciais e do medo e das atrocidades que foram
pautando as vidas daquelas três amigas.
Hoje, 01 de Maio de 2012, peguei nas últimas 70 páginas e li-as de enfiada. Recordei-me do sentimento geral do livro - tão humano. Da história de África, do seu perfume, tão bem transmitido nestas linhas... Não sei se é de África - que sempre me chamou através do meu avô materno - ou se é do talento inegável destas duas irmãs e autoras, mas o que é certo é que há meses que não chorava ao ler um livro, e quando dei por mim, estas 70 páginas renascidas de outras 600 lidas em 2010 levaram a lágrimas involuntárias. Levaram a um sentimento de saudade e melancolia e pertença. E fiquei ansiosa por ler os próximos desta trilogia, por muito maçudos que sejam!
Classificação: 5*****
Também estou à espera de juntar os três para começar a ler! ;)
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